O oitavo mês do ano é inteiramente dedicado ao Aleitamento Materno, buscando informar, discutir e incentivar a prática do Aleitamento Materno. Escolheu-se o dourado para esta campanha devido à definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o leite materno como alimento de ouro para os bebês. Assim chamado como “Agosto Dourado”, mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2018 foi “Amamentação: a base da vida”, chamando a atenção para importância vital da amamentação para a vida.
Os benefícios resultantes do aleitamento materno (AM) para a criança e a mãe são conhecidos e comprovados cientificamente. O valor nutricional, a proteção imunológica e o menor risco de contaminação contribuem para a redução da mortalidade e doenças infantis como diarreia e infecção respiratória.
Já existem estudos recentes que tem mostrado que a amamentação pode proteger contra o excesso de peso e diabetes mais adiante na vida. Não somente isso, mas a amamentação é essencial para promover o adequado desenvolvimento da cavidade oral da criança devido ao posicionamento da língua e do exercício que a criança faz para retirar o leite da mama.
Já tem sido associado através de estudos relevantes o melhor desempenho em teste de inteligência, consequentemente maiores níveis de escolaridade de crianças que são amamentadas por um período mais longo.
Para a mãe que amamenta um dos primeiros benefícios é a aceleração do retorno do útero para seu tamanho normal, com isso o sangramento pós-parto é reduzido. Reduz a probabilidade de alguns tipos de cânceres de mama e de ovário, como também o desenvolvimento de diabetes.
Para o binômio mãe-bebê, o AM configura-se como oportunidade de interação contribuindo para o estabelecimento de vínculos afetivos que resultam em maior segurança para a mãe e promoção do desenvolvimento afetivo-emocional e social da criança.
Além de todos esses benefícios não podemos esquecer que é um alimento de sustentabilidade ambiental e grande benefício econômico.
Claro que não podemos deixar de refletir acerca dos desafios da amamentação, o início complicado e dolorido que a maioria das mulheres passa, o quanto é preciso ter paciência, pois são muitas horas com o bebê mamando, mas não deixe de se informar durante a gestação, procure ajuda de um enfermeiro para ter orientações e cuidados que são fundamentais para o sucesso da amamentação.
Deborah Gonçalves
Enfermeira graduada pela UFMG
Referências
VICTORA, C. G. et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology,mechanisms, and lifelong effect. The Lancet, [S.l.], v. 387, n.10017, p. 475-489, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Bases para a discussão da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília, 2017.